Roda de samba, feijoada, hoje é festa no terreiro Baile funk, revoada, toda quebrada só os verdadeiro Do N'dongo a Abya Yala, É os preto brasileiro Pro Kilombo abre ala, tomando o país inteiro Marca no corpo não mais, só as que tamo vestindo Cannes não é marca de carro, e nós tamo dirigindo Pra deixar marca no mundo, sem história repetindo Tirado de vagabundo (a vida toda), mudando o próprio destino Fazendo arte nesse mundo louco, lotando mais uma sala de cinema Acelerando sempre mais um pouco, foco na meta de roubar a cena Acenando pro futuro, incerto, seguro, dá certo, juro, vale a pena Foda que antes de qualquer colheita na espreita são noventa e nove problemas Estrelas em vida, quente supernova, fazendo história tipo Marte Um Jordan Peele mano, põe a prova, nessa trilogia é só a parte um Se precisar eu volto para guerra, mano muita fé que né terror nenhum Afinal viver sucesso sozinho, agora já nem faz sentido algum Escrevo por cima do apagamento Olho o futuro e lembro do passado Mas nunca deixo de viver o momento Liga o flash, pra deixar registrado Tiros pro alto pra quem já se foi Forte abraço pra quem ainda ta aqui Se tiver guerra, claro, não tem boi Prefiro a paz, melhor de construir Se invadir respondo como Ginga Em nome da rainha que me batizou Reconstruindo um império das cinzas Marcando com fogo o colonizador Salve pra mãe que me deu essa vida E o sangue do povo que nunca abaixou Se tu tiver metade dessa força garanto que nada tira teu valor Na rota que muda na encruza e lembra que esse Odu começa na memória Eu vi Angola! Eu vi Angola! O ritmo toma meu corpo e liberta o Ori pra um futuro de honra e glória Eu vi Angola! Eu vi Angola! Na rota que muda na encruza e lembra que esse Odu começa na memória Eu vi Angola! Eu vi Angola! O ritmo toma meu corpo e liberta o Ori pra um futuro de honra e glória Eu vi Angola! Eu vi Angola! Eu só quero ser exemplo hoje Pra mina que eu sei que eu vou ser no futuro A linha do tempo tem mais espirais Do que as pretas sabem fazer com a cintura Sankofa, Kitembo, que fodam-se os papo Que só aprendemos quando a vida é dura Se a gente fez da miséria tudo isso O que nós não pode fazer na fartura, honey? Meu ventre é ilê de revolução (yeah) E a revolução é preta como eu (y'all) Meu canto é bantu, pra honrar minha nação (yeah) Me olho no espelho e quem vejo é Deus O passado sussurra em cada fresta O quanto ta vivo ainda Nossos ancestrais dançam nas festas Nos terreiros, nos bailes dos cria Me sinto bem por estar sendo hoje O que eu quis pro futuro no passado E fodam-se os papo de sucesso dado Tamo construindo o nosso legado, honey Minha grana em espécie, bota na minha mão (yeah) Samora também tá querendo o que é dele (y'all) Não é só cash money, é reparação (yeah) Me olho no espelho e vejo os meus Na rota que muda na encruza e lembra que esse Odu começa na memória Eu vi Angola! Eu vi Angola! O ritmo toma meu corpo e liberta o Ori pra um futuro de honra e glória Eu vi Angola! Eu vi Angola! Na rota que muda na encruza e lembra que esse Odu começa na memória Eu vi Angola! Eu vi Angola! O ritmo toma meu corpo e liberta o Ori pra um futuro de honra e glória Eu vi Angola! Eu vi Angola! Lalalalalalala, la, la, aah Lalalalalalala, la, la, aah