Ah meu amigo você anda um pouco preso no umbigo E talvez isto não o ajude a perceber A falta no seu dia dia daquela filosofia De mandar cagar em tudo e se foder Existem coisas que acontecem Não se sabe o porquê Algumas vidas que te esquecem Não conseguem te entender Então você faz uma prece E acredita se tivesse mais um tempo E tudo iria resolver Eu quero mais Eu quero sempre muito mais Eu quero ver, ver o que o vento traz Não é você que vai me fazer esperar Eu quero mais, eu quero sempre muito mais Eu leio os jornais E a suspeita de corrupção não importa mais Quando eu ligo a TV Pra ver demônios transvestindo a geração de novos pais João Hélio, Isabela, a mãe pobre no serrado Jean Mary e suas meninas desfilando no Senado E do outro lado do lago Eles escolhem o que querem me mostrar Notícias pagas pra não me deixar pensar E eu me escondo na vitrine pra olhar e desejar E desejar, e desejar Querendo mais Querendo sempre muito mais Querendo ter aquela ilusão de paz Quem é você que nunca vai se perguntar É sempre mais, é tudo sempre, sempre mais Eu quero mais Eu quero sempre muito mais Eu quero ver tudo que o vento traz Quem é você que nunca vai se perguntar É sempre mais, é tudo sempre, sempre mais Eu quero mais Eu quero sempre muito mais Eu quero ver tudo que o vento traz Quem é você que nunca vai se perguntar É sempre mais, é tudo sempre, sempre mais Eu quero mais Eu quero sempre muito mais Eu quero ver, ver o que o vento traz Quem é você que nunca vai se perguntar É sempre mais, é tudo sempre, sempre mais