Quem viverá feliz somente da lembrança De que o planeta um dia chance já nos deu? Flores, frutos, animais e a esperança De nos mantermos conscientes Prometeus Pra que armar o sonho lindo das crianças Pra fazer números que a terra há de comer? Deixar que a violência impere na infância E a rua adote os nossos filhos como quer? Dever de nós fazer a paz Dever de nós de ninguém mais Quando os olhos se enchem de batalha E a chuva fria vela o brilho dos meus passos A paz que eu procuro na estrada Pode estar no silêncio que eu não faço E quando os homens decidem criar distância Entre as pessoas, raça, sexo, classe ou fé Falam de superioridade masculina Segregam gêneros e violentam a mulher Sufocam vidas com atitudes prepotentes Acreditando que uma raça, impera só E da ilusão de ter poder são dependentes Mas sua gaiola de ouro um dia será pó E os crimes são punidos pela cor da pele Aqueles que mais devem, soltos são então Desfilam em luxo, festas, joias, carros caros Enquanto atrás das grades: Zé, Chico e João Dever de nós fazer a paz Dever de nós de ninguém mais