Eu sou clareira em sua direção Sou cigano de lona fincada no chão Sou esteira no cansaço desse chão Sou num passarinho um canto de saudação É como se o vento, a força do entardecer Deitar no colo da noite nas paralelas do luar E as praças do firmamento Abrigam os homens da contra mão E a história que aqui se conta É um verso do verdadeiro coração E as praças do firmamento Abrigam os homens celestiais E a história que aqui se conta É um verso dos ventos e dos temporais Vou te procurar por onde for Pra não ocultar essas chagas Ser pássaro noturno é quase um absurdo Nesses matagais cheios de queimadas Vou voltar para a cidade onde deixei minha juventude Lá, bem sei, terei amigos e os ventos da serra E os ventos da serra, do mar