Uma paisagem tão rara Que setembro Apelou para Pedro Quero chuva mansa e clara Que a flor que vi A flor que sou não chego Olhe que já vi primaveras Luar nascendo cedo Matei a sede Na fonte das pedras Ouvindo um passaredo Passeei entra os cajus Descobrindo Os seus segredos Ouvindo o canto da inhambu Nos confins dos arvoredos No ribeirão já banhei nu Entremeios os alamedos Já vi em noites azuis Quando é tempo De chover Se alegram flores Bichos, gado Eu ainda hei de ver O mundo sem guerra De homens honrados Então seguirei por aí De pés no chão Despreocupado Sou menino, sou guri Tupi Guarani dourado No quebrar das cachoeiras Debaixo dos ingazeiros No assoviar das palmeiras Nos cachos dos teus cabelos Já vi flor de todo cheiro Pra que tanto nesse olhar Já vi chumbo virar ouro Já vi choro sem mágoa Todo tipo de tesouro O coração pode guardar Cristãos abraçando Mouros Em couro pra celebrar Bela igual assim nesse doiro Só se arco-íris bordar Não esqueci sem conhecer Só de ver, hei de lembrar