Passos lentos, mas a mente corre Eu sinto o chão tremer, cada escolha tem um golpe A dor que eu carrego não é minha, é do povo Se o céu se abrir, trago a tempestade de novo No jogo do poder, quem dita as leis Marionetes de um rei, que nem sabem o que é um rei Eu vi demais, por isso tirei minha própria visão Mas a luz que me falta clareia meu coração (yeah, aham) Povos chorando Escombros e cinzas Reinos caindo Por mãos egoístas Fiz parte de um jogo que nunca questionei Mas vi no rosto deles a marca da lei E me ajoelhei, a terra sentiu O peso de um homem que enfim se curvou Pois a justiça não é sobre quem puniu Mas sobre um futuro que nunca chegou A injustiça já faz parte da justiça Isso é culpa da cobiça Que o próprio humano tem De conquistar o poder Sempre se matam pra ter Tive que fechar os olhos Pra enxergar muito além E se a justiça pesa, que pese pra todos Mas ela hoje é cega, pelo sistema que todos Tentaram se afastar, que já tentaram fugir A cada um que tenta, mais aparece outro corpo (yeah) Passei a ver além do que os olhos alcançam Os pesos da verdade em minha alma se cansam Tantos se venderam só por outro e glória Mas eu troquei a visão pra sentir a história (wow, wow) Na escuridão encontrei mais clareza O som dos passos denuncia a própria incerteza O que é justiça? O que é poder? Se o homem não sente, como pode entender? (Ahn) Sonho com um mundo sem correntes e grades Onde a balança não seja somente vaidade Se os nobres decidem quem poderia viver Então que a justiça não sirva ao poder (wow) O jogo tá sujo, mas eu sou a chuva A água que lava, a mentira e a culpa Se for pra cair, que eu caia de pé Lutando por algo, que sempre tive fé A injustiça já faz parte da justiça Isso é culpa da cobiça Que o próprio humano tem De conquistar o poder Sempre se matam pra ter Tive que fechar os olhos Pra enxergar muito além E se a justiça pesa, que pese pra todos Mas ela hoje é cega, pelo sistema que todos Tentaram se afastar, que já tentaram fugir A cada um que tenta, mais aparece outro corpo (yeah)