Eu não consigo me acostumar a tá no raso Desconfie sempre de quem tá servindo os pratos São presentes mórbidos Mas bem embrulhados Tapinha nas costas e sorriso amarelados Minhas intenções são as piores se é reciproco Minhas atitudes são as melhores se é de acordo Eu consigo sentir a mentira nos seus olhos Não tenta esconder Sou frio por assim dizer Queimando até derreter Sofrer não é uma questão de opção Até você escolher Abri sempre a mesma porta Sempre buscar uma resposta Certas coisas você nunca vai sequer entender Então aceita Entendeu o jogo quem na própria dor vê glória Que diante a morte nunca deixou de cantar Quem entender que o vazio também em excesso transborda Que nem tudo você vai conseguir controlar Carregando o peso com as costas em carne viva Tipo um cão de rua lambendo a própria ferida Junta o que restou, posso ser tudo menos vitima Nunca me tornar uma caricatura de trauma Certas portas nunca mais eu abro Certas ruas nunca mais eu passo Certos sonhos já deixei de lado Mas nunca abri mão do que eu acredito Não tô em casa Deixe recado Se valer de algo eu retorno Caso o contrário pode esquecer que eu existo Vejo do alto O chão me cansou Quem quiser acompanhar que venha Mas se tiver medo de altura eu só lamento Não tô em casa Deixe recado Se valer de algo eu retorno Caso o contrário pode esquecer que eu existo Vejo do alto O chão me cansou Quem quiser acompanhar que venha Mas se tiver medo de altura eu só lamento