Um cego me mostrou O que eu queria ouvir Os seus sentidos auditivos mostram outra perspectiva em si E a fera que se libertou Não deveria existir Mas foi nascendo pelos, garras, presas Quando vi já estava ali Em meu corpo habita o seu cheiro É fácil se alguém for me rastrear E prático pra quem quiser supor Que meu esforço não é verdadeiro Apático pra qualquer mal criar Repete as doutrinas do status quo E o medo de pular Evita o meu cair Quem sabe a dor da queda esteja apenas Em meu subconsciente Mas o precipício não deixa de existir Mesmo se eu tapar a boca ele vai ouvir Cinco pontos do meu corpo Eu devo evoluir Antes que o relógio Leve o tempo que eu vivi Em meu corpo habita o seu cheiro É fácil se alguém for me rastrear E prático pra quem quiser supor Que meu esforço não é verdadeiro Apático pra qualquer mal criar Repete as doutrinas do status quo Em meu corpo (Em meu corpo habita o seu cheiro) O seu cheiro (Tão forte e tão fácil de rastrear que me Sinto vulnerável diante de qualquer) Habita (Suposição onde não sou verdadeira) Em meu corpo (Naquilo que faço. Mas me conformo já) O seu cheiro (Que sei que diante do abismo, do escuro) Habita (Ou da luz, essa fera é incontrolável, se) Em meu corpo (Manifesta quando quer e se não for por) O seu (Mim, pra nenhum de vocês não haveria casa, não haveria habitat)