Por eu ter sofrido uma desilusão pra cidade grande me encaminhei Pra refazer tudo que perdi na vida para ser aquilo que sempre sonhei E aqui chegando desorientado não fiquei parado fui pra construção Trabalhando muito eu fui melhorando mas ainda sentia que estava faltando A outra metade do meu coração Num belo domingo que tive de folga minha melhor roupa do armário eu tirei tirei E fui para a rua, pois desde que eu vim lá da minha terra eu nunca passeei Em plena Paulista na primeira esquina que bela menina eu vi na multidão Com um estranho traje enquanto ia cantando Ela para mim veio se encaminhando ofertando livros que tinha na mão Nunca tinha visto coisa parecida, moça oferecida me pegou na mão E me levou para uma casa grande dizendo aqui está sua salvação Que baita família uns irmãos esquisitos cheirando uns palitos bruta fumaçào Tocando um pandeiro sem couro e um sininho Vieram cantando um diabo de um corinho eta rala crista vem cá meu irmão E sem dizer nada foram me pegando me raparam o coco eu fiquei careca Só deixaram um tufo aqui no cucuruco me tiraram a roupa eu fiquei de cueca E eu que sempre fui um homem respeitado vaqueiro fuçado cabra dos melhor Nego bom no laço e no rabo de saia, hoje vendo incenso e chinelo de palha Em plena Paulista vestindo um lençol Pra quem trabalhava com gado e cimento tal conhecimento muito me ajudou Pois com esse negócio de lidar com seita a minha receita ate que aumentou É que o batente faz envelhecer não quero saber de trabalho nenhum Quero que se dane o tal de rala crista já estou manjado em toda Paulista Quero conhecer o reverendo Mon