Me veio agora na memória paz e outras coisas que eu não conheci Procurei falar pra alguém algo contasse de mim Tantos queriam falar, mas não sabiam dizer Ela esperava algo impressionante! Mas fui impedido pelo meu vocabulário simples De produzir um dicionário que te traduzisse Pois minhas gírias não diriam o que ela merecia Minhas palavras não falavam tudo que eu sentia Nem que eu me ache o cara certo pra dizer Eu tenho a sede de surpreender! E acabo tropeçando nesse pensamento de criança Pelo meu jeito espontâneo confundido com arrogância! Não vim pra ser turista, nas ruas de amargura dessa solidão E se eu joguei tudo pro ar! Foi pra testar se alguma coisa que eu lancei sabia voar! Se voasse que voltasse pro mesmo lugar Eu só te peço que não vá! Não vá! Não vá! Não vá! Não vá! É triste pra dizer mas alguém tinha que falar Não vá. Não vá! Não vá... Não vá não! É minha burocracia! Eu não canto pra gente vazia Era pra ser depoimento, e pras pessoas virou poesia E por mais que minha postura mostrasse frieza Vim te contar que aquilo tudo era uma defesa! Tá demorando demais pra te encontrar pra dizer Eu tenho a sede de surpreender! O escolhido não espera ninguém escolher E nesse pique-esconde com a saudade eu fui me esconder! Não vim pra ser turista, nas ruas de amargura dessa solidão E se eu joguei tudo pro ar! Foi pra testar se alguma que eu lancei sabia voar! Se voasse que voltasse pro mesmo lugar Eu só te peço que não vá! Não vá! Não vá! Não vá! Não vá! É triste pra dizer, mas alguém tinha que falar Não vá. Não vá! Não vá, não vá, não!