Balada da Rita

Sérgio Godinho

Composición de: Sérgio Godinho
Disseram-me um dia Rita põe-te em guarda 
aviso-te, a vida é dura põe-te em guarda 
cerra os dois punhos e andou põe-te em guarda 
eu disse adeus à desdita 
e lancei mãos à aventura 
e ainda aqui está quem falou 

Galguei caminhos de ferro (põe-te em guarda) 
palmilhei ruas à fome (põe-te em guarda) 
dormi em bancos à chuva (põe-te em guarda) 
e a solidão não erre 
se ao chamá-la o seu nome 
me vai que nem uma luva 


Andei com homens de faca (põe-te em guarda) 
vivi com homens safados (põe-te em guarda) 
morei com homens de briga (põe-te em guarda) 
uns acabaram de maca 
e outros ainda mais deitados 
o coveiro que o diga 


O coveiro que o diga 
quantas vezes se apoiou na enxada 
e o coração que o conte 
quantas vezes já bateu p´ra nada 


E um dia de tanto andar (põe-te em guarda) 
eu vi-me exausta e exangue (põe-te em guarda) 
entre um berço e um caixão (põe-te em guarda) 
mas quem tratou de me amar 
soube estancar o meu sangue 
e soube erguer-me do chão 


Veio a fama e veio a glória (põe-te em guarda) 
passaram-me de ombro em ombro (põe-te em guarda) 
encheram-me de flores o quarto (põe-te em guarda) 
mas é sempre a mesma história 
depois do primeiro assombro 
logo o corpo fica farto
    Página 1 / 1

    Letras y título
    Acordes y artista

    restablecer los ajustes
    OK