Conflitos que se misturam Se agigantam e perduram Somem de tudo, evaporam O que era não é mais história O que ontem era hoje não mais O que se fez não é o que se faz O que disse não é repetido A gente se esquece e jamais Vidas que se perdem na memória Retomar onde tudo começou Novos fatos se amontoam Se revelam, afligem e destoam Sem nenhum sentido da razão É hora de fazer tudo sumir Destruir a nobre intenção De mostrar com crueldade A festa da farsa moralidade A fervura itinerante Que circula adiante Revolta o passante O que nos falta fazer? O que acontece de fato Nunca vamos saber Outras ações vão aparecer E tudo vai noutra direção O que tanto escondem? O que tanto está errado? Tantos golpes tentados Pobreza forte dos estados Cansa ficar pensando nisso A verdade que vive escondida Nunca mais se torna viva Vivemos uma nova realidade Mundo obscuro das autoridades No submundo das celebridades No fundo do poço sem igualdade Todos bobos dessa barbaridade Nunca saberemos qual é a verdade Tudo se modifica, se autentica E pra ficar perfeito, deixa saudade Turbulência, não faz o mundo cair Ebulição aquece e também esfria A memória leve e fraca se esvazia