20 de novembro de 1695, ano da morte de Zumbi dos Palmares O verdadeiro, herói brasileiro Os séculos passaram, e continuamos lutando como nossos ancestrais Por nossa resistência, pela liberdade e igualdade entre leis Ainda regidas, pelo egoísmo do senhor e do carrasco É isso aí Rei Zumbi, tu és guerreiro como Jorge Salve São Jorge, salve! Salve! Rei Zumbi, tu és mesmo imortal Não há outro igual, não há! Rei Zumbi, tu és também, o nosso ídolo maior Líder na nossa história, que não foi escrita Em nenhum lugar, em nenhum lugar Em nenhum lugar, em nenhum lugar Em nenhum lugar, em nenhum lugar Em lugar algum, em lugar algum Oh inspiração de luta de um povo, que espera uma igualdade Esta é a hora de marcar sua existência Que deverá ser lembrada, como data importante Para justificar a memória nacional, que ainda tenta te matar Neste país que ainda hoje o renega E só o admite como sombra da noite Fez de ti o filho bastardo desta pátria Que ainda não foi mãe e nem gentil pra nós, pra nós Seguidora, pensadora, neste momento sou a tua voz Seguidora, pensadora, neste momento sou a tua voz Sou a tua voz Sou a tua voz Mas posso despertar, posso despertar Despertar o espírito, despertar a mente Sei que posso despertar Sei que posso despertar Posso despertar Rei Zumbi não é o teu Quilombo que incomoda os civilizados Mas sim nossas favelas, a subsistência O povo nordestino, a inteligência O poder e a magia da nossa expressão Numa sociedade que se diz democrática E ignora qualquer ligação, com nossas raízes Que acabaram se perdendo ao longo do tempo Temos sido destruídas de várias formas Por isso sou guerreira, não como Dandara Mas eu posso despertar, posso despertar Rei Zumbi, tu és guerreiro como Jorge Salve São Jorge, salve! Salve! Rei Zumbi, tu és mesmo imortal Não há outro igual, não há! Rei Zumbi, tu és também, o nosso ídolo maior Líder na nossa história, que não foi escrita Em nenhum lugar, em nenhum lugar Em nenhum lugar, em nenhum lugar Em nenhum lugar, em nenhum lugar Em lugar algum, em lugar algum