Precisamos fazer do fim um recomeço Um novo ponto de partida Na roda que gira, na casa do oleiro As gotas de água amolecem o barro São respingos da memória Para me lembrar onde tudo começou Não suporto mais as rachaduras Por onde saem as especiarias Nardo e aloés Mas se é assim que a luz entra Então que o vaso seja refeito de uma vez Ouço a voz do oleiro O Mestre me chamando Para o lugar secreto Onde eu quero estar! Ouço a voz do oleiro O Mestre me chamando Para o lugar secreto Onde eu quero estar! O barro que desliza entre os dedos do Mestre São as gotas das suas lágrimas que o amolecem Sei que o entristeci, por deixar de ser Um vaso de especiarias Nardo e aloés Em seu imenso amor, por mim Sei que o vaso será refeito quando eu descer a sua casa Ouço a voz do oleiro O Mestre me chamando Para o lugar secreto Onde eu quero estar! Ouço a voz do oleiro O Mestre me chamando Para o lugar secreto Onde eu quero estar! Desperdicei tempo em batalhas sem sentido, por vitórias que nunca chegaram Em lutas cegas, fui ferido e feri aos que me cercavam Assim minha fortaleza se desfez, sobre os alicerces à beira-mar Não suporto mais essas rachaduras Mas se é assim que a luz vai entrar Então que o vaso seja refeito de uma vez Ouço a voz do oleiro O Mestre me chamando Para o lugar secreto Onde eu quero estar! Ouço a voz do oleiro O Mestre me chamando Para o lugar secreto Onde eu quero estar!