Moeda, feita pra circular Moeda, pra vida ministrar Moeda, perdida, escondida És inútil, sem serventia Moeda, pra cumprir sua missão Moeda, pra comprar leite e pão Não és feita para em cofres trancar Nem pra, inutilmente, ajuntar Nem pra ficar no canto, na beira Amuada, ajuntando poeira Não te fiz pra te perder de vista Te quero sob o meu olhar Admirá-la, iluminá-la Te tirar da escuridão Vigiar-te, fazer vigília Te guardar no coração Não é ganância, usura Não é pelo seu valor Não é por lucro ou avareza Mas pelo preço que paguei Saiba, pra te conquistar Eu suei, eu dei meu sangue Eu deixei o conforto do lar Pois, pra mim tu és valiosa Eu irei te procurar Acenderei a candeia Varrerei toda a casa Diligente, até te encontrar E quando mestres da lei Murmurando, disserem Que és suja e de pouco valor Vou dizer a todos eles Não é da vontade do Pai Que está nos céus Que um só pequenino Se perca, pereça Moeda, quando te encontrar Vou amigas e vizinhas chamar E fazer uma festa, pois o céu se alegra Quando o perdido é achado