Senhor, em tudo vejo a tua graça Derramada sem conta e sem limite Nem esperas que eu erga o olhar e grite Pois logo o teu divino amor me abraça! Tua bondade sempre me ultrapassa Teus dons sempre superam meu palpite E mesmo que eu me furte, e o amor evite A tua luz me invade e me devassa! Dou-te graças, meu pai, e reconheço Que todos estes dons eu não mereço E hei de acabar a vida devedor Mas de tua graça nunca fazes conta Nem tua mão meus débitos aponta Pois é cego às faturas teu amor!