Eu quero ouvir a voz da consciência O que me tira o sono, um desassossego Quero o que me rói por dentro enquanto espero Não quero navegar tranquilo o mar Em que os outros lutam pra não se afogar Quero o que destrói o medo enquanto espero o dia Em que o sofrimento cessará E não se ouvirá voz de lamento Não quero me unir à multidão de omissos Que marcha alienada, à revelia Dos que choram a miséria nos faróis Becos, barracos, viadutos A fé sem obras é vazia Eu só quero ter amor sincero Enquanto espero o dia Eu só quero ter amor sincero Enquanto espero o dia Em que um sopro de justiça virá E cairá como chuva sobre nós Neste dia a Lua e o Sol Não brilharão mais que a luz Em que no céu resplandecerá Jesus