Palavras perdidas ao sopro do vento Pepitas de ouro lançadas ao pó Conselhos dos pais, uma herança da avó Verdades passadas como um testamento E o jovem errante, a sonhar, desatento Sem rota e sem rumo, me faz tanto dó! No meio da turba, prossegue tão só Ao ritmo surdo de seu pensamento E o velho cansado, de olhar tão vazio Que arrasta a torrente, qual folha no rio Me lembra um castelo que treme e que rui Distantes da luz da sagrada Escritura Amassam o pão da mais negra amargura Não sabem dizer: Quem eu sou? Quem eu fui?