O meu precioso frasco de alabastro -que devo quebrar aos teus santos pés- Só tem bons aromas, qual aloés, Quando saem do seu sujo e escuro claustro. É mais fácil falar do que fazer, Este vaso é meu próprio coração, Que seguro, lá dentro, em sua prisão, Tem mau cheiro e te causa desprazer. Tornes sensível, frágil, quebrantável, Este peito tão cheio de defeito, Tão propenso ao desvio e ao corromper; Faças dele à tua mão ser maleável, Conformado ao teu molde e do teu jeito. Faças, antes, meu vaso se romper.