Mesmo que a aurora me emprestasse as asas E eu me fixasse nos confins do mar As profundezas me seriam rasas E veria meu Deus me contemplar Se eu voasse até o Sol, com suas brasas Relâmpagos de fogo a fulgurar As estrelas seriam tuas casas E as frias nebulosas o teu lar Meu Deus, nada se esconde do teu vulto! Até meu pensamento mais oculto Teus olhos leem como um livro aberto! E mesmo que esta vida chegue ao fim Estarás para sempre dentro em mim Tão pessoal Tão íntimo Tão perto!