O trigo madurou devagarinho Sob os beijos do Sol, vestiu-se de ouro O lavrador colheu o trigo louro E esfarinhou os grãos no seu moinho Nas tépidas manhãs do Rio Minho Nas tardes cálidas do Rio Douro O vinhateiro colhe o seu tesouro E esmaga as uvas pra fazer o vinho Percebes bem esse mistério oculto Que mais parece o celebrar de um culto Em sobre-humana transfiguração? Se algum de nós não for sacrificado Trigo moído ou cacho triturado Não teremos o vinho nem o pão