Um Vento vem soprar contra meu muro É vento bravo, feito tempestade Revolve tudo, meu espaço invade E abate o que eu julgava tão seguro O Vento vem varrer meu ser impuro Agita o meu jardim, derruba a grade Sem mesmo consultar minha vontade Em remoinhos no meu canto escuro E tudo parecia bem disposto Segundo a preferência do meu gosto Na terra firme do meu bem-estar! E agora – sem paredes, sem janelas – Posso entrar no meu barco, alçar as velas E, livre, no oceano navegar