Não sei dizer a dor que me crucia Nem revidar a tanta covardia Por meus ciúmes e por teus desdém Nos versos doloridos que componho A luz verde do meu sonho Espero a tua volta e tu não vens Às vezes vou beijar o teu retrato Joia de amor que guardo com recato No meu birô amigo e confidente E escuto gargalhadas da moldura Pressagiando a próxima loucura De quem te adora alucinadamente Do meu cigarro então sobe a fumaça Enquanto o vento canta na vidraça A sinfonia triste da saudade E na alucinação dos meus sentidos Conto os minutos loucos repetidos A espere inútil da felicidade