Certa feita, anos 70 Entre coca cola e chimarrão A febre dos festivais Fazia moda no Rincão Nossos êxodos rurais Eram recantados pago a fora Por nós burgueses disfarçados Em Chico Buarques de esporas E as nossas milongas sociais de outrora Também comportada rebeldia Hoje são jingles da UDR E hinos das oligarquias E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E misturava Pink Floyd Com Noel Guarany E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E misturava Pink Floyd Com Noel Guarany Mas tinham um Silva Rillo aqui Um Sérgio Napp á cola Um Gerônimo gênio Jardim Um Mário mestre Barbará Hoje os festivais de chatice nativas São tudo uma mesmice só Onde o que cantamos de novo É mais velho que a minha vó A pobre música campeira Que atualmente a gente faz Pedro Raymundo já fazia E bem melhor, anos atrás E a tal vanguarda nativista Fora o tango não dá pra ouvir Tá mais pra Gildo e Teixeirinha Que pra Kleiton e Kledir E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E o nativismo desbotava Junto com as bombachas lee E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E o nativismo desbotava Junto com as bombachas lee E agora que o sonho nativo acabou Nesse pesadelo infeliz Sem democratizar os campos Nem agauchar o país Foi na alienação das cidades de lona Que finalmente eu aprendi Que o melhor dos festivais Não foram os festivais em si E hoje nos dói na consciência Ver que tudo que se fez Foi tão somente perpetuar O status quo dos CTGs E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E dele que dele Velho Barreiro Com abacaxi E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E dele que dele Velho Barreiro Com abacaxi E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E dele que dele Velho Barreiro Com abacaxi E pelas cidades de lona O povo não tava nem aí E dele que dele Velho Barreiro Com abacaxi