Sou nada, mesmo que tudo faças em mim Do pó eu vim e voltarei, quiseste assim Mas o meu desejo é que, sendo pó Tu possas me levar ao vento Impetuoso vento que sopra em qualquer lugar Norte, sul, leste, oeste Em toda a rosa dos ventos No mundo inteiro, divino oleiro, eu cantarei Na alegria ou na dor Na destemperança ou no amor, proclamarei! És tudo, divino artista, o Deus criador Junta o pó que sou, toma em tuas mãos E não deixes escorregar por entre os dedos E se cair a chuva, então que eu seja barro O barro em tuas mãos, oleiro Meu divino oleiro, modela-me ao torno E um vaso novo serei Com águas puras a jorrar No mundo inteiro, divino oleiro, eu cantarei Na alegria ou na dor Na destemperança ou no amor, proclamarei! Por amor a ti, senhor E em favor dos meus irmãos (2x) Proclamarei que vale a pena servir!