Recomeçar não é fácil Iniciei um livro Sem direito a prefácio Histórias antigas Ainda alocam o espaço Inerente, incoincidente Pois já não está aqui Novo lugar e meu baixo Soa alto mesmo estando Empoeirado Que ironia, tantas caixas Encherem o saco Antes papelão Do que a atenção Do que não dão a mim! Eu sei o que pensam de mim Mais um ser, vazio, estranho Que pode ficar insano ao ver Mas as coisas não são assim As mentes costumam seguir o caminho Do que se quer ser Todas essas psicoses Que habitam em meu cérebro Dizem que sou histérico, retrógado, genérico Daqueles que são uma C4 Que faz Boom-boom-boom-boom-boom-boom-boom-boom! Sintetizei Os fantasmas ao meu redor? Ou revelei A inerência do meu ser? Querer viver Não é apenas o pior? Se insiste em ter o que não agrega sorte Quem-sou? No fim esse mundo sujo Mu-dou, revelou o mais podre de mim As vozes sabem o que dizer Sempre estarão com você! Tudo em seu maldito lugar! (Sally, Sally) Sally, os gritos não vão parar Basta ver, somente enxergar (Sally, Sally) Sally, os gritos não vão parar Subo, desço Averiguo o andar Visão interativa Cujo espírito há? A porta da loucura cai num poço Dizendo que não é coisa da cabeça Sem lembranças do que lamentar Frustração amiga Quer me consolar Parado quando travei meu pescoço Sinto que algo Quer que eu esqueça Men-tes em li-gação Trau-mas, san-gue em minhas mãos O luto eterno apaga Sentidos de uma máscara Feridas que nunca vão cicatrizar Tudo em seu maldito lugar! (Sally, Sally) Sally, os gritos não vão parar Basta ver, somente enxergar! (Sally, Sally) Sally, os gritos não vão parar Quem-sou? (Oh) Mu-dou (oh) As vozes sabem o que dizer! Sempre estarão com você!