Nego no beat de novo Filho da água e do fogo Neto da terra e do ar Pequena parte do todo Por acaso tô no mar Pena que o acaso não existe Como existe o agora É que a causa não viste E o efeito te apavora Pelo menos da um choque Relâmpago da cabeça Tô despertando meu eu supremo Vai que um dia eu mereça Falei com meu velho sábio Já tinha saltado, ele disse O que era cinza na mente Ficou branco ao expandir-se Quando ilumina não apaga Só quando te arrancam a tomada Ai sobe a serpente de novo De dentro vem a arrancada Me dê um fruto desta árvore Que hoje eu preciso saber O que não conheço ainda Um dia será do meu ser Em outro eu parte de tudo Não como participo agora De um jeito sutil como penso Eu reflito meu interno pra fora E assim crio tudo que vejo Tudo em que estou presente No meu presente eu alvejo Eu presenteando meus entes Sacanagem já fizeram E ainda tão fazendo muito Um dia só fica os que somam Tô lutando pra não ter luto E luta só gera mais guerra A guerra no fim é uma arte Todo artista tá no topo, porra E lideram seu próprio combate Acatando na medida Dois mil sonhos numa vida Ser pequeno como Gandhi Grande como uma partícula Quebra parede no sopro Limite não existe pra ideia Comprei e agora quero troco Não dê a Cesar o que é da favela Tá pelando o meu sangue Pele esquenta o papo é fino Vivo pelo bom instante Muita força pos minino Assistência tá constando Só contando comigo mesmo Não é topografia o que eu estudo Mas tô analisando o terreno A origem é todo o espaço Foi o que me explicou uma muda Poeira estelar que germina um dia Floresce, falece e aduba Voltando pro solo te explico Se não for entendido até lá Tudo o que não for pro teu bico Pela goela nunca vai passar