Eu vivo de bar Tenho um copo cheio Prestes a derramar Nem me despenteio Se ela não me esperar Me encontro mais aqui Tanta vadiagem Eu me perco entre imagens Que a retina talvez nem se lembrará Peço então um trago Arrisco um afago Na morena do lado de cá Eu invisto em bar Vivo como artista Na arte de encontrar Sou um acionista De mesa de bar Me encontro mais em mim Tantas saideiras Frases soltas com besteiras Borburinhos já estão a se acabar Vão se as mãos alheias E as garrafas cheias Ficam sempre a me esperar Viram-se os assentos Vou em passos lentos