Minh'alma não cansa de cantar o pampa Em cada estampa vejo a inspiração Enquanto meu peito num gesto singelo De tudo que é belo faz uma canção Da sombra gostosa de um belo capão Enquanto descanso fico admirando A ovelha que berra o boi que rumina E a ave de rapina sua presa espreitando La longe a mutuca parando rodeio Fazendo de guiso seu forte ferrão Trazendo a boiada pra junto comigo Ficar no abrigo do velho capão Ouço da cigarra o cantar estridente Que faz o vivente prestar atenção Bentevi que acusa a nossa presença E a pomba arisca passeando no chão La fora a perdiz se oculta na macega Que o vento de leve sacode o pendão Fazendo um ruído que o guasca observa E ao peito reserva mais inspiração Estendo o baixeiro no chão da querência Encosto a cabeça em qualquer tacuru Cochilo e em sonho agradeço o patrão De um dia neste chão ter me feito um xirú