À disposição de meros olhares tolos De mariposas e serpentes Tentando cada qual devorar a sua presa As flores Que não estavam mortas E sim muito cheias de vida Exalavam o mágico entorpecente do seu odor Que, misturado às cores sedutoras de suas pétalas Podem torná-las mais fatais que o bote da serpente E mais glamourosas que as mariposas em pleno voo Ha, tamanho foi o desleixo da natureza Deixar fácil para os olhos e para o toque Criaturas tão letais para os sonhadores Que vagam inocentemente Como a libélula que voa em direção à teia do predador Quem será o sofredor? O seduzido e apaixonado sonhador? Ou a flor? Que, mesmo fatal, morreu por amor