Vai pegar fogo no congá Meu sangue é africano É o fim da saudade, vou comemorar Copa Lord, eu te amo! Eu sou peregrino do deserto Se o caminho era incerto Fui alento pra sonhar Sou o lamento do Saara A sonora joia rara a encantar Entre areias e savanas Guiei caravanas em tons musicais O choro traduz a cobiça O ouro seduz, enfeitiça Tormentas que me levam a outro cais Pelo mar eu vaguei Cabo Verde encontrei Onde a terra incendeia É um brilho no olhar Liberdade! Identidade que corre na veia Mãe negra, rezei o teu canto Pra todos os santos da velha Bahia Mas sei que a magia deságua Nas águas sagradas da ilha E lá (ô e lá) No Morro da Caixa eu vi (eu vi) De um menino, ecoar Em suas mãos a negritude a resistir (Meu Preto Velho, saravá!) Se hoje vou botar meu boi na rua A luta continua, oh pátria mãe hostil Escute a voz do Orocongo do Gentil Vai pegar fogo no congá Meu sangue é africano É o fim da saudade, vou comemorar Copa Lord, eu te amo!