1708 Essas vadias querem coito, Mas eu não ligo. A noite é minha, e eu vou me drogar Pra ver a sala rodar E pra não alucinar. Ala psico, me mandam pro quarto branco. Eu me questiono e na lyric eu encanto. Outro remédio, outra droga, Correndo na veia. Quem diria? Minha mente virou minha cadeia. Se eu salvo alguém, Quem é que vem pra poder me salvar? Azul profundo do oceano pra me afogar. É outro beat e outro dia, Sem poder falar. Acorrentado no escuro, Nunca vou brilhar. Outro corvo entrando pela janela, São só sussuros, eu ouço o nome dela. Pulsos cortados, Outro dia com as sequelas. Essa neblina levou os sonhos da minha tela. Só mais um gole pra atravessar essa viela, Ainda pra baixo em queda. Mano, o inferno queima; O paraíso não me espera E o diabo teima. Deus também me rejeita, Outro jogo de teias. Seu corpo não me interessa Mais que a sua mente. Quanto cê cobra pra poder seguir em frente? Mais uma vez quer ser igual ou diferente? Inferno na terra e eu odeio gente. 1708 barra 01 Não tenho nada a oferecer, Além de morte e rum. Fumando até as minhas cinzas, Acendo mais um. Fodendo a sua bitch, Ao som de Handzum. Telefone sem chamadas, Zero valor à vida. O preço eu pago, Eu te vejo no fim da corrida. É bem difícil escrever Quando você não vive. É bem mais difícil viver Quando cê não decide. É muito mais fácil morrer Quando cê não deseja. É bem complexo obter Tudo que a alma almeja. E é difícil de entender O que o ghost planeja. Tô lutando pra conceber A minha dor que seja Outro lugar em outro corpo Ou outra cerveja. Inimigo ou aliado, Sem ninguém à mesa. Não existe um outro lado; No limbo, a alma é presa. É só outro epitáfio 1708.