ß1 Discando 192, antes o sangue se acabe Nunca mais vou tentar, então isso você que sabe Areia da ampulheta escorrendo, onde cabe Terminando a vida como um dos Misérables Abençoe os que choram, porque serão consolados Morrer por um motivo, só pra poder ser lembrado Pra viver esquecido, enquanto vivo mascarado Vivendo no freestyle, não tem nada planejado Santa misericórdia é ser misericordioso Rodeado de clones em um mundo horroroso Repulsa da criação, um resultado pavoroso Sou só um narcisista, odiado e presunçoso Eu olho pra essa lua e agradeço que tô vivo Sem sentimentalismo, dessa merda eu me esquivo E mesmo sem ninguém, eu continuo obsessivo Na vida tudo muda quando o ponto é relativo Me perdoe, meu corpo, eu não trato você direito Desrespeitei a todos e não te dei meu respeito Fodendo meu pulmão, a garganta e o meu peito No fim da consequência, eu só posso dizer: Aceito Alpra pro pesadelo, clona pra ver o meu velho Vendo a tempestade, levo tudo mais a sério Nunca foi em um dia que se construiu o império Nenhuma tem o necessário, é o meu critério Eu ainda continuo vendo pessoas vazias Com o passar do tempo e com o contar dos dias Não creio em amor, isso foi sempre ironia Fazendo o que posso, sempre fiz o que podia Depois da noite longa, junto com o pesadelo O sol brilha de novo, mais uma vez vou vê-lo É sempre tão difícil nessa floresta de gelo Posso tentar de novo, mas não vou ser um modelo