O silêncio gritou mais alto que o som da minha voz Sem mais palavras, nem arrependimentos Tudo está segundo o tempo No tic-tac do relógio, ouço o velho correr Num passo denso e confuso, como nos dias de chuva Um gole ardente no absinto Me conduz ao amanhecer Raios turvos que ofuscam A rua inacabada A noite já passou Como uma tempestade Agora é só juntar os cacos E esperar a alvorada No tic-tac do relógio ouço o velho correr...