Sinto minh'alma despedaçada Canto, canto e canto sem saber porquê Sem saber o sentido dessa jornada E final dessa louca estrada Versos de tristeza e saudade Compõem a caminhada E apontam apenas um atalho Pra felicidade Sou apenas um compositor popular Que canta para colar os cacos de sua alma Canto como se nada existisse Canto como se o céu me implorasse Como se nada existisse Como se Deus me implorasse Não quero ver processos Nem corpos desalmados Quero é fazer poemas E ouvi-los musicados Ver a vida passando E eu passando junto Quero poder sorrir e chorar Jamais esquecer de viver Ver a fumaça de um cigarro barato Que passa entre meus dedos Trazer tanto prazer Depois sentir tanta alegria O que jamais senti num templo Em busca de algo intocável Sem medo e realizar um desejo Quero me sentir livre de pecados A Deus, não mando mais recados E assim, minh'alma desimpedida se sentirá livre Para colar os cacos da minha vida