Aqui quem fala EZT, do Entorno Norte, sim Tô envolvido com os mano, nos bang, com os molequim Ouve essa ideia aí, eles tão vindo aí O Drama, WL do Vale do Amanhecer Ele tá vindo aí, você que me pediu bis Esconde do subconsciente Da quebrada, Jardim Roriz Vamos abordar os fatos Vamos esparrar os ratos Vamos elogiar quem merece Só que não é nessa, mano É só a primeira viagem, é só a primeira parte Quem embaça nesse vagão, sentirá-se à vontade Não é como essa imagem, seu preconceito covarde Hoje, o que é pior? Álcool, tabaco, cocaína, crack? Os malucos com revolve, todo mundo se envolve Com as pistolas engatilhadas vários desses somem Hoje será o que tenho, hoje será o que penso Hoje será que tô calmo? Hoje será que tô tenso? E será que amanhã tudo será diferente? Será que amanhã não terá mais delinquentes? Que te torturam, te roubam, te escravizam, esquartejam Não deixa nada no bolso, não deixa nada na mesa Não quer saber se é direita, não quer saber se é de esquerda Tem que cumprir seu papel tudo em nome da ganância Nossos motivos pra lutar ainda são os mesmos O preconceito e o desprezo ainda são iguais Nós somos negros, também temos nossos ideais Nossos ideais... Nossos ideais Tô castelando essa fita já faz um tempo, ladrão Tô no meio dos malucos, tô vindo na contramão Na contramão dos demais, no mesmo rap, na paz Ai, rapaz, se orienta, cria dos anos 90 Sub, suspeita e sub, na mesma dirigência Sem ocorrência – é o drama, microfone ligado Um salve pros aliados, do outro lado trancado Mesma postura de sempre – Zé Polvin não aguenta Bico do vem, cagueta e tenta minha voz calar Mas pagar de bambambam nunca foi nossa cena Também não é vantagem usar pá de algemar Conflito entre nós é o que o sistema quer Só quem perde é a quebrada, pode botar fé Fica ligeiro, truta, pra não gerar ibope Governo financia o ódio – não é camarote Todo esse jogo comprado, manipulado por eles Quanto mais irmão preso, mais vitória pra eles Então vamos parar, raciocinar e pensar Que se a quebrada tá unida, é vitória pra cá Nossos motivos pra lutar ainda são os mesmos O preconceito e o desprezo ainda são iguais Nós somos negros, também temos nossos ideais Nossos ideais Nossos ideais Subconsciente pá, o drama sob suspeita Geração anos 90, respeita que aqui é treta Os gambeta no mocó, malandro castela a fita Nós é danger, nessa porra a favela se identifica Cola na grade, parceiro, porque hoje o rap trinca Do Agreste, Planaltina, às ruas de Brasilinha Vida do crime é caixão – pede a Deus pra abençoar Cada mina, cada mano aqui da periferia É ano de eleição, oba-oba do caralho Paz da corrupção – toma no c Seu Bolsonaro Pipoca, leva de nove, furo de três, cinco, sete Desandado, avisado, tá moscando aí, pivete Quem disse que é mamão pra viver, nadava em fácil? Fogo no beat, parceiro, nós é zinca, não otário