A malandragem é sua, e a quebrada é nossa Se pá, tô pelo certo, crime é caminho sem volta Esse mundão é louco, ó meu Deus, muito obrigado Malandro curte a vida, se der falha é cobrado Aqui o certo é o certo, é o dialeto de bandido Planaltina é a quebrada, chega aí, seja bem-vindo Cocaína e rupinol, se desbaratino da mente Sobe e desce é constante, com as. 15 no pente Aqui o crime é o crime, os polícia não embaçam Os cana da civil gostam de invadir barraco Na ginga do malandro, de borestia não se mete Faz um corre no dinheiro, 5557 Bicudo só telano e boca de matraca Quem fala demais aqui só leva de quadrada Nunca vou colar no bolim de pipoca que deslancha Pique malandrão, só fala bosta, é só cobrança Se pá, eu vou pelo certo, não ando de pilantragem De chave e um bom beck, bota aí pra malandragem Malandragem quer dinheiro, também quer mulher Desfilar de carreta e Nike no pé Som de maloqueiro, lupa de vagabundo Peitado do Tupac, terra nos olhos do bicudo Malandragem quer dinheiro, também quer mulher Desfilar de carreta e Nike no pé Som de maloqueiro, lupa de vagabundo Peitado do Tupac, terra nos olhos do bicudo De boemia e Red Bull, cocaína na mente Se parto pelo certo, hoje o dia é da gente Pilantra de butuca, só telou, saiu voado Aqui o certo é o certo, e na função tu cai no aço Já vi neguinho moscando, brincando com a própria vida Desacreditando da atitude da quadrilha Se pá, é pelo certo, é só banda na maloca Conspirou? É dois palito, pros gambé nós fecha as portas Malandragem quer dinheiro, também quer mulher Desfilar de carreta e Nike no pé Som de maloqueiro, lupa de vagabundo Peitado do Tupac, terra nos olhos do bicudo Malandragem quer dinheiro, também quer mulher Desfilar de carreta e Nike no pé Som de maloqueiro, lupa de vagabundo Peitado do Tupac, terra nos olhos do bicudo Ei moça, sai da reta que a conversa não faz curva O papo aqui é de malandro, vai dar um bico na rua Voar? Cê quer fumar? Nós tem aqui Cê quer cheirar? Nós tem também Quer ficar muito louco? Dá um bico, o que é que tem? É subconsciente – conspirou, vê quem atira É três moleque doido, própria fúria na rima Retrata a real que acontece na quebrada Moleque deixou falha, amanheceu, é só rajada Pombal, Agreste – as nuvens são de pólvora As chuvas são de bala, do cano da pistola A brasa rasga o céu estrelado, marcado pela guerra Brilhou no céu da pátria nesse instante É tiro, é cabuloso, é traficante Aí é bala traçante Aí gambé mete o rabo entre as pernas e segue adiante Enquanto os caras se matam nas droga Traficante financia a morte através da pólvora Química do ódio – de Ceilândia é o inferno Distribuindo nas quebradas o veneno moderno Droga e altos ferro: Planaltina, Estância, Araponga, Pacheco É só sangue no olho, apetite no dedo Aqui tem. 45, 9. 40 A bala fura o coco – nem super-homem aguenta Eu tô na minha quina, lá pra cá, aqui pra lá De bico nas carreta, e nas mina que vai passar De olho nervoso, eu sou grilado Não devo nada, nada a ninguém eu devo Tô na rua esparrado, pronto pra ir pro frevo Falou, parceiro, eu vou na casa da mulher Antes de ir pro baile, quero dar um rolê Bica nas esquinas – cartão, nota, farinha Com o fone no ouvido, rap no rádio, a pilha Rolando Tribo, Look, Código e Subconsciente Já que cê é malandro, tem que ser consciente Malandragem quer dinheiro, também quer mulher Desfilar de carreta, oitão na cinta e Nike no pé Andando certo, sem arrumar treta na quebrada Mas se rachar, nós resolve na base das quadrada Um cospe chumbo na cinta, uma marafa na mente Muito dinheiro no bolso – malandro consciente Que sabe o certo e errado na favela Conspirou com nego errado, maluco. Bom, cai nela Mas pode crer, eu tô de boa, em frente eu sigo a vida Malandro quer malandro – não dá grave, nem vacila Só faz os corre de boa, no tráfego como ganho Perifa, correria mil, os boy acha estranho Também tem tudo nas mãos – comédia de papai Mas não fazem nenhum esforço – 157 jamais Sistema tenebroso, periferia ativada Pau no cu de cada bico da playboyzada Polícia versus malandragem, quem vai ganhar? 7x0 pros bandas antes do jogo acabar Acende o beck, estica a carreira sobre a mesa Fumou, cheirou – agora desce mais uma cerveja Vitória garantida: Amor, liberdade e fé E se lembrar Malandragem é se manter de pé Malandragem quer dinheiro, também quer mulher Desfilar de carreta e Nike no pé Som de maloqueiro, lupa de vagabundo Peitado do Tupac, terra nos olhos do bicudo