E aí, vagabundo, vagabundo, vagabundo, vagabundo! No mundão, você vale o que tem, tá ligado? Você ganha o que merece, você ganha o que merece Aí, maluco, curte só a ideia que eu vou lançar Favela é favela e o cheiro de morte no ar O crime aqui é pesado e não existe limite Pipoco na cabeça de cabrito a cena é triste Atividade a mil, periferia ativada Seja bem-vindo aqui ao doce lar das quadradas Onde as tretas se resolvem em forma de rajadas Seja de manhã, à tarde, à noite ou na madrugada Só quem é banda sabe o que é que eu tô falando Entre becos e vielas, em frente, seguem os manos Predestinados a matar ou ir para a cadeia Violência sem limite em todas as aldeias Sangue escorrendo na rua, corpos tirados no chão No outro dia, mãe chorando e filho no rabecão PHJ, mano réu, Alan subconsciente E a união faz a força com as 15 no pente Hey Joe, assim que se faz, do nosso jeito também Sou mais um louco da favela, longe do asfalto que vem Vem demonstrando o medo do preto, pobre, suspeito do gueto Mas cidadão que aqui merece respeito No peito um crucifixo, a imagem de Jesus Cristo Arrependido não estou, ser meliante é comigo É desse jeito, cumpado, já que não existe comédia Os meus parceiros são do corre, é só moleque de preza O frevo que nunca para, muita farofa na alta O nariz chega a sangue, neguinho, nem se espanta É muita curtição, Joezinho, que alegria Ter nascido e ser criado longe da burguesia Eu ando certo e pelo certo, eis um bom ladrão Sou viciado? Não, tô no comércio, irmão PHJ, mano, réu, pode crer, assim que se faz Salão e subconsciente, um corre pela paz Pela paz, treze no pente, vagabunda é insatisfação Subconsciente, pode crer O som de mala vem no gueto. Saudação, circuito negro, pode crer Vagabundo, sabe como é que é É bem mais fácil disfarçar o ódio do que o amor É bem mais fácil falar da paz do que a guerra Muitas vezes, obceveu uma paz de vagabundo Descendo de quebra, pras sete palmos da terra, no fio da navalha, periferia Se prossegue, no conto de anos, suicida da favela, parte pobre Eu sei que aqui tem que contar com a sorte Então sustenta, vagabundo, sou eu mesmo