Quando os ciganos celebram a sorte de Salomé Quebram o silêncio da noite e gira o vestido de Salomé Gira, girou (gira, girou, girou) gira, girou Noite sem lua. Há coisas na noite latidos e apitos não sei dizer Há coisas na noite, sussurros, gemidos. Não sei dizer Não sei dizer Quando a poeira levanta e brinda o vestido de Salomé Olhos sedentos, fogueira ardendo na estrada de São Tomé Gira, girou (gira, girou, girou) gira, girou Se é só fúria. Do mar que arrenta nas rochas faíscas da escuridão Das sombras dançantes que lambem os dedos da sua mão Da sua mão Gira, gira, gira, gira, girou