Quando eu vejo uma cruz na estrada Sinto na alma triste solidão Porque me lembro da cruz da pousada Que bem distante deixei no sertão Aquela cruz que ali está fincada Apodrecendo como o pó do chão Tem uma história que ficou gravada Eternamente em meu coração Em poucas linhas eu vou lhes contar A triste história que esta cruz encerra Há muito tempo um vaqueiro moço Da peonada o mais querido era Numa pousada que ali fizero Lá na aguada bem no pé da serra Uma serpente destruiu pra sempre Aquela vida cheia de quimera Chorando a morte do menino moço Naquela cruz gravei um letreiro Aqui repousa um herói do campo Que foi outrora um bão companheiro Dali parti pensando comigo Eu vou deixar de ser boiadeiro Mas quem nasceu e se criou na lida É do destino eterno prisioneiro