Tem dia que eu fico triste Com os ar do mês de agosto Coração fica amarrado E o pranto rola no rosto Eu que era tão alegre E pra tudo era disposto Hoje vivo aborrecido Pra mais nada tenho gosto Os prazer pra mim morrero Hoje só resta desgosto Quando eu escuto dois peitos Cantando aduetado De tanto que eu aprecio Chego a sonhar acordado No espeio da mente eu vejo A terra que fui criado Os tempos da mocidade Que sempre será lembrado Que os anos se encarregaro De sepultar no passado Vejo as noites de luar E as campina orvalhada As estrelas cintilando No romper da madrugada Rojão subindo pro ar E as festança animada Os catireiro dançando De bota e espora prateada Eu com a viola no peito Cantando moda dobrada Vejo os parente e amigos E meus pais que eu tanto quis Nós ali tudo reunidos Naquele muito feliz Agora no fim da vida Lembrando tudo que eu fiz A malvada da saudade No peito faz cicatriz Quanto mais quero esquecer Mais ela cria raiz Esse mundo de ilusão Aonde a vida é uma estrada A morte é o maior presente Pra quem não espera mais nada Feliz de quem já venceu Essa longa caminhada Já não sente mais no peito As profunda punhalada Que o punhal da saudade Crava na mente cansada