Deitar na areia Sentir os grãos na boca Cada grão é um mundo No qual meus dentes vão entrar Explorar esse universo Ao mesmo tempo enganar Meu corpo e minha fome Tão infame; tão fugaz Quando o vento quiser me levar Para um lúdico oásis Vou acordar e gritar Porque só com a chuva O vento pode os grãos molhar E afogar minha loucura