Vão nos encontrar Debaixo de escombros da ignorância Vivemos para fazer o mundo acabar Constrói, consome, acumula, destrói, esgota O mal que habita a terra Ignora a metástase da sua doença Maligna e fértil para a desigualdade Contradições nascidas da sua superável economia Já falida O rumo que toma, acompanha a lógica Nenhuma classe oprimida aceitou Que as suas amarras se perpetuassem Não houve mensagem, atalho ou chantagem Que calasse a dor Em silêncio, definhamos Façam barulho, para o rico acordar Tomem à força suas casas vazias E seus cofres cheios Pois devo avisar Tudo aqui construído foi feito com o nosso esforço Sem retribuição A plenitude da nossa igualdade não se concretiza na conciliação