Mutalambô Gritou o caboclo da mata Com o seu charuto na mão Pediu um gole de cerveja Pra enfrentar o terror Pediu um ramo de assa-peixe Pra benzer Os seus filhos pedindo a Tupã Para proteger Os caminhos do povo Que rumava O sertão Me guie para o umbuzeiro Que lá O rio corre solto Me guie para o cajueiro Que lá O tempo corre solto Me guie para o cajazeiro Que lá O riso corre solto Me guie para o pequizeiro Que lá Mutalambô Mutalambô É vereda, é chapada É mato aberto Um gole de cerveja Mesmo quando o tempo É incerto Segue o rumo Aperta o passo Que a boiada envém Com ligeireza Cheia de fúria Ela envém E só vaqueirinho Pode proteger