O velho com seu cachimbo Fumegando calmamente Na asoleira de sua porta Observa o Sol poente A paisagem o conforta Curte a brisa leve e quente Vida longa que passou Seu pensamento frequente Sente saudosa saudade De um amigo ou de um parente Alguém com solicitude Que fizesse ali presente O nego o cão do vizinho Se alimenta ali frequente Faz companhia as tardes Que observa o Sol poente Quando o velho cachimbando Solta a fumaça no ar Para ver o cão pulando Como se fosse agarrar Saudade e dor que consome Tanta coisa pra falar Perdidas no pensamento Sem ter ninguém pra escutar Ele ouve a voz do vento Canta para não chorar E o nego bom companheiro Pega fumaça no ar