É lampião, lamparina, cabaça, cachaça, tabaco, farinha, piaba, jabá, uns dez cangaceiros e maria bonita... Até padin ciço romão, coronel do sertão, já dizia a canção, chamava os irmãos aos pés da capela e da chibata. Em terras de coroné É lampião o rei pelé Em terras de coronel não tem anel e nem papel, nem cai do céu a chuva. É arcontado, gerúsia, califas e cúrias, é clero, é esclerose racional, escrevem a história em texto ditado. Enquanto hilotas, metecos, aruaques, tapuias, tupis, caraíbas, marginais, se encarregam da arte e do legado. Em terras de coroné: Seu Jesus cristo é maomé. Em terras de coroné, não tem migué, nem dom josé, nem rei pelé, nem xuxa. Proclamai a independência das rédeas desse cabresto; Do contrario não se desmantelam os “fins de carreira”; Clareai junto à luz do luar o céu repleto de estrelas; E quem sabe se um dia irão ver o tempo do mar invadir o sertão e do sertão virar mar. Em terras de coronéis! E do sertão virar mar... Em terras de coronéis! É capitanias, corvéias, banais, sesmarias, vassalos de um fêudo cultural, atrofiando a mente do estado, oh, oh, oh... E nas cabanas, senzalas, favelas, meninos, aprendem nas ruas e quintais, malabares com balas de canhão. Quem me dera gonzagão! Rei do baião e são joão. Em terras de coronéis, não tem anéis, e nem papéis, e nem cai do céu a Chuva Quem me dera gonzagão! Rei do baião e são joão. Em terras de coronéis não tem anéis e nem papéis, plural de chapéu é Chapéis