Sabe o que é estranho? Mesmo no final Acho que mudei Sem perceber Sabe a garotinha que veio de ti? Ela se parece tanto com você Não sei por que, mas me irritou Saber que ela foi quem te matou Não sei por que que eu a culpei Algo tão covarde, eu só me afastei Era meu dever protegê-la, mas não pude Me desculpe Ninguém sabe como dói Memórias frescas de quando você tava aqui E como eu sei como dói Encarar ela machuca porque lembra a ti Eu virei tudo que odeio Tudo que eu que meu pai já fora Mais um covarde que não tem coragem De criar da vida única coisa boa Só queria voltar Te ver mais uma vez Olhar pro seu sorriso sem milhões de por quês Só queria lembrar Um pouco da sua face Poder te observar E ser menos covarde Palavras de longe Vêm do horizonte me caçar Amava quem perdi Quem ficou amo também Mas não consigo encarar Lembro do meu pai Ele também Passou por isso que eu passo Lembro de como o culpei Hoje eu sei Que ele fez mais do que eu faço A vida não tem sido fácil pra nenhum de nós Mas levo como compasso Que a minha filha entenda Que o tempo que eu fiquei de longe Era um tempo mal gasto Hoje ela é minha Assumo que Tinha que ter feito antes o papel que é meu Mas por que agora? Por que levá-la? Não tire-a de mim, ó, meu Deus Perder uma vez me quebrou Se perder agora de novo Não sei o que será do meu coração Minha criança morreu em minhas mãos De novo, não Não, não, não Não, de novo, não Não, não Não, de novo, não Não, não Não, de novo, não Não, não Palavras de longe Vêm do horizonte me caçar Amava quem perdi Quem ficou amo também Mas não consigo encarar Palavras de longe Vêm do horizonte me caçar Amava quem perdi Quem ficou amo também Mas não consigo encarar