Ouve, que a gratidão em nós é voz e música Porque te vemos sem mistério ou mágica Unindo hoje fé, razão e lógica Fala, irmão maior, ó, reluzente espírito Pois em verdade és tu a chama vivida Revivescida pela fé espírita Olha no nosso esforço um pequeno óbolo Que por mais nobre é sempre esboço pálido Do rebrilhar do teu exemplo angélico Mostra que ao pai eterno é toda crença irônica Desde que os crentes busquem ser-lhe apóstolos Fazendo aos mais imposições tirânicas Vindo de novo ao mundo brilhas qual relâmpago Iluminando com verdades máximas Meus pobres versos, minhas vãs semínimas Vendo que é forte o laço entre fruto e árvore De novo ensinas tua moral sem mácula Trazendo a fé à multidão incrédula Toma-me! Que eu ame ao menos nesta hora última Nos passos teus, que eu haja neste átimo Pensando chagas e enxugando lágrimas Guia-me! Que minha voz ressoe no teu hálito Que em ti moldando cada novo hábito Eu menos seja o velho homem tímido Chama-me! Que eu prove amor pela doutrina tríplice Que enviaste, a inspirar bom ânimo Aos oprimidos, fracos, sós e súplices Chama-me, que finalmente eu entendi de súbito Longe de ti, mesmo a alegre é fúnebre Contigo há festa e paz, mesmo ante o túmulo