Eu ando pelas ruas, sem destino, sem querer chegar, Eu pego um trem na madrugada, na noite sem luar, Perdido em meio a tanta gente, que não sabe pra onde ir, Carrego o peso de um povo que não aprendeu a sorrir. Vejo a cidade se prostrando a uma multidão de leis, Vejo castelos sendo erguidos sobre os ossos de seus reis, E o povo todo amaldiçoa que só quer os fazer bem, O plano se consolidou e o que dissemos foi amém. Ninguém parou pra refletir que a vida é curta demais, Ninguém consegue prosseguir na estrada sem olhar pra traz, Entre o sagrado e o profano não conseguem decidir, E se convencem que no mundo pra ser sincero você tem fingir... O tempo é fiel a aqueles que não temem arriscar, E o que se esconde , na verdade,é o que tem que se mostrar Essa desordem é apenas fruto, do nosso passado vulgar, Seria diferente, se as pessoas soubessem se amar. Mas é só discórdia em nosso coração, As ruas cheiram ódio e solidão, São só vidas perdidas em vão, Só melodias que soam, sem emoção..