Cansada do encerro humano Cansada de ser só tristeza Saltei da quina de um olho e caí Num vinho tinto de mesa Fui dar num banheiro frio Rodei num sem fim de um cano Saltando em rio, de rio em rio Com brio, entrei no oceano Pensei-me livre, enfim O mar, minha grande crença Mas belo dia o mar mareou Indiferença Deste nada/destinada, enchi meu nadar Nadava pra evaporar Um dia, foi a gota d’água E desde então, me chamo ar Saltou do olho a lágrima Evaporou, agora é ar No mar de choro da história A gota d’água tem que marchar